Penedo de Durão-Freixo de Espada á Cinta

Penedo de Durão


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Para se chegar a este miradouro o caminho mais aconselhável é sair de Freixo de Espada à Cinta seguindo a E.N. nº 325 em direcção a Ligares até encontrar a bifurcação da estrada que segue para Poiares. Subindo a estrada da serra, no alto de Poiares, junto do Cruzeiro encontra-se o cruzamento para uma via secundária devidamente assinalada, que nos levará ao longo do dorso deste poderoso monte, passando pelo marco geodésico (750m) e um pouco mais adiante está situado o prodigioso pico escarpado e quase inverosímil do Penedo Durão.
É o mais antigo miradouro do concelho, rico de admiráveis pontos de visão panorâmica ao longo do rio Douro até alturas de Lagoaça, tornando-se uma visita praticamente imperativa.
A escarpa cai quase a prumo sobre o Douro, justamente sobre o ponto onde termina a navegabilidade do rio, o chamado “Saltinho”, no qual está situada a barragem hidroeléctrica de Saucelle que do Penedo Durão se vislumbra tão bem como se o observador estivesse suspenso num teleférico.
Deste local colhe-se uma magnifica vista que abrange a indefinida amplidão planáltica de Salamanca e Zamora, assim como os recortes rochosos que se prolongam até Barca de Alva, constituindo um propício abrigo de vastas plantações de oliveiras, amendoeiras, pomares e vinhas. Em baixo, na base da profunda escarpa serpenteia a E.N. 221 que liga Freixo de Espada à Cinta a Barca de Alva.
Em volta dos ciclópicos fraguedos gravitam no seu voo planado com majestosa serenidade as Águias e Grifos, que aqui fazem os seus inacessíveis esconderijos de repouso e procriação.

Só tenho acrescentar que ao vivo este miradouro é BRUTAL , de ficar de queixo caído.




Património Geológico; Freixo de Espada à Cinta; rio Douro

Roteiro Geológico no Parque Natural do Douro Internacional

Escrito por: Jorge Miguel Guilherme

O Parque natural do Douro Internacional localiza-se no Norte de Portugal, na região de Trás-os-Montes, bastante marcado pelo rio Douro, possuindo características únicas em termos geológicos e climáticos, condicionando as comunidades florística e faunística, nomeadamente a avifauna, e as próprias actividades humanas.
A classificação desta área como Parque Natural (Decreto-Lei nº8/98, de 11 de Maio) visou a adopção de medidas tendentes a valorizar as características mais relevantes do ponto de vista natural, paisagístico, sócio-económico e cultural.
Este parque tem sido alvo de vários trabalhos realizados por instituições nacionais e espanholas, nomeadamente, Universidade do Minho, UTAD, INETI, Universidade de Salamanca contando com o apoio da FCT, do ICN, do CRUP. A inventariação dos Locais de Interesse Geológico, tem sido feita de forma sistemática, tendo como base a cartografia geológica regional. Na inventariação feita foram considerados vários grupos: miradouros, áreas de interesse geológico especifico, afloramento e locais de exploração/utilização de materiais geológicos.
Para a realização deste trabalho após estudo e visita ao local seleccionaram-se os locais de grande interesse didáctico, organizando-se um percurso geológico, de modo a conhecer a história e a geologia desta região.
Neste percurso focamos entre outros, os seguintes locais: passeio do Rio Douro; Miradouro do Carrascalinho; dobra da ribeira do Mogo; erosão regressiva da ribeira do Mogo; Cavalo de Mazouco; e o Câmbrico e Ordovícico do Penedo, com observação de águias e abutres do Egipto; Caos de Blocos, Cristas quartzíticas; Durão, vista sobre a mina de La Fregeneda, terraços fluviais do Rio Douro. A biodiversidade neste percurso é também exuberante e extraordinária, tal como toda a sua história e património cultural.
O Rio Douro, segundo maior da Península Ibérica, nasce nas altas montanhas de Soria, Espanha, e desagua na cidade do Porto, Portugal. A jusante de Zamora, o seu vale assume um encaixe impressionante, estendendo as suas encostas de granito e xisto por mais de 120 km. Nesta zona fronteiriça, o rio é designado por Arribas do Douro, devido ao seu enclave orográfico; é o habitat de inúmeras aves ameaçadas e é composto também por cinco enormes barragens.
O seu acentuado declive deve-se principalmente à erosão da água, que ao longo de milénios moldou esta forma, permitindo o albergue de uma flora única, constituída por lodões (árvores que normalmente se encontram nas avenidas das cidades).
Ao nível da fauna, esta zona do rio Douro conta com 35 mamíferos, 170 aves, 20 répteis, 11 anfíbios e 14 peixes.
O Miradouro do Carrascalinho localiza-se na zona Lagoaça, no concelho de Freixo de Espada à Cinta. Este miradouro mostra a paisagem do Douro Internacional, o Canhão fluvial do Douro, uma paisagem muito diferente e sem qualquer actividade humana, onde as florestas de lodões constituem uma das maiores da Europa.
Observar-se a povoação espanhola da Mieza, alguns olivais e laranjais e construções graníticas, as “carriças” (destinadas a guardar os rebanhos).
Para além disso, é também possível observar com nitidez abutres do Egipto, grifos (G. fulvus) e outras aves de rapina.
A Ribeira do Mosteiro é um curso de água que desagua no Douro, que é caracterizada principalmente pelos grandes penedos quartzíticos.
Estes penedos quartzíticos são caracterizados pelas imensas dobras de eixos sub – horizontais com direcção geral E-W. Estas dobras são observáveis a várias escalas, sendo que algumas delas atingem dezenas de metros.
Estas dobras são provocadas pela instabilidade da bacia onde estão inseridas, cuja formação data da actividade tectónica Ante – Ordovícica.
Para além das dobras é possível observar erosão regressiva.
Também nesta ribeira se observa varias espécies de peixes, lontras e nas suas margens melros, águias de Bonelli, grifos (G. fulvus) e outras aves.
O vale da ribeira do Mosteiro constitui um dos melhores locais nacionais em termos geológicos, paisagísticos e ecológicos.

O Cavalo do Mazouco trata-se de uma figura de arte rupestre do Paleolítico Superior, a primeira encontrada em Portugal.
A figura localiza-se numa plataforma xistosa, a descair suavemente para a ribeira da Albagueira, com orientação sudoeste-nordeste.




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Originalmente, a estrutura compreendia quatro figuras, mas só esta se preservou, constituindo um cavalo, com cerca de 62 cm de comprimento e 37,5 cm de altura, obedecendo aos critérios de representação de arte rupestre glaciar, com pescoço curvo e pronunciado e focinho simplificado. Também nesta zona é possível observar, na outra margem, um fundo quartzítico, correspondente ao Penedo Durão.

O Penedo Durão, bastante alto e de declive acentuado, localiza-se na margem direita do rio Douro, entre Poiares e Freixo de Espada à Cinta, nas escarpas da Serra do Candedo.
É constituído essencialmente por granito que corresponde aos períodos Câmbrico e Ordovícico.
A constante erosão diferencial do rio Douro e também da ribeira do Mosteiro e das movimentações tectónicas originaram um extenso sinclinal que corresponde ao penedo.
Do topo do Penedo Durão avista-se o planalto castelhano, a enorme estrutura da Serra da Estrela, a barragem espanhola Saucelle e a foz do rio Huebra.
Quanto à flora, o penedo é constituído por estevas e lodões.
Quanto à fauna, é possível avistar abutres do Egipto, grifos (G. fulvus), cegonhas negras, águias de Bonelli, bem como repteis, insectos e mamíferos.





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Os Caos de Blocos são caracterizados pela aglomeração de blocos de rocha que dão à paisagem um aspecto caótico ou desorganizado.
Este tipo de estrutura ocorre em rochas graníticas, onde as condições de modelação se exercem de forma natural.
É uma estrutura comum nesta região devido à elevada meteorização física e/ou erosão.
As Cristas Quartzíticas são rupturas no declive que formam zonas verticais, resistentes à erosão. Neste caso, as cristas são quartzíticas, uma vez que a ruptura ocorre em rochas de quartzito Ordovícico, com rochas Câmbricas de xisto.
Assim, a parte superior dos relevos é marcada pelas cristas quartzíticas, contendo fósseis de formas de vida marinha, e, a parte inferior dos relevos é marcada pelos xistos Câmbricos, contendo as primeiras formas de vida de esqueleto rígido.
Este percurso para além de proporcionar aos participantes uma visita de rara beleza, permite uma experiência enriquecedora relacionando diferentes aspectos geológicos e geomorfológicos do vale, com a biodiversidade – aves de rapina e fauna aquática e a maior mancha florestal de lodão (Celtis australis) da Europa.
Nas encostas que ladeiam o trajecto predominam as espécies vegetais típicas da Terra Quente, como laranjeiras, amendoeiras, vinhas ou oliveiras.

Bibliografia:
REBANDA, Nelson, “Pelos Caminhos do Douro/ Calçada de Alpajares”, Comissão Executiva das Comemorações dos 250 Anos da Região Demarcada do Douro, Setembro 2006.http://www.amdourosuperior.pt/recursos/

2 Responses
  1. Nossa querida amiga é de perder o fôlego.
    Adorei a música.
    vá por lá ler sobre o Moulim Rouge.
    beijosssssssssssssssss
    Adoreiiiiiiiiiiiiii esta música.


  2. Anónimo Says:

    Confesso, nunca coloquei os pés nesta zona
    Estive muito perto por sinal.

    touaqui42