Porto Côvo

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Porto Covo, freguesia do Concelho de Sines, recebeu esta classificação administrativa pela Lei N.º 64/84, de 31 de Dezembro de 1984.

Banhada a Poente pelo Oceano Atlântico, faz fronteira a Sul com o Concelho de Odemira. A Norte, os seus limites correspondem à Ribeira da Oliveirinha (Praia de Vale Figueiros) até à Estrada Nacional 120-1, ao Km 7,5 e a Nascente, desde o Km 7,5 da Estrada Nacional 120-1, seguindo este até encontrar a linha limite do Concelho de Sines com o de Santiago do Cacém.
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História

São do Paleolítico inferior, os primeiros vestígios de ocupação do homem, provavelmente da espécie homo-erectus, na Freguesia de Porto Covo.
Os achados de instrumentos de pedra lascada do Paleolítico inferior (Acheulense), nos estratos plistocénicos subjacentes a duna consolidada, sobre a qual foi construída a fortaleza de terra do Pessegueiro, confirmam indirectamente a presença desta espécie.
Encontramos também vestígios do Mesolítico (na Samouqueira e Vidigal), do Neolítico (Samouqueira, Vale Vistoso e Vidigal), da Idade do Cobre (Vale Vistoso), da Idade do Bronze (no Cemitério dos Mouros e Monte da Ilha), da Idade do Ferro (Ilha, Cemitério dos Mouros), da Época Romana (Ilha) e do Século XVIII, altura da fundação de Porto Covo.
A Costa do Litoral Alentejano, é constituída por arribas altas e contínuas, que se intercalam com pequenas angras de areia fina, que originam belíssimas praias, hoje tão concorridas.
Sobre uma dessas arribas, nasceu Porto Covo, que em 1780, contava apenas com 4 fogos.
Porto Covo, cuja história se confunde com a história do primeiro Barão daquele título, Jacinto Fernandes Bandeira, reflecte no seu Plano de Urbanização da altura, uma certa inspiração no urbanismo pombalino, que tem, no entanto, concretização limitada. De facto, o traçado rectilinear das ruas e a praça, é o que resta da ideia inicial.

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As possibilidades de utilização da angra (Baía) de Porto Covo e do ancoradouro do Pessegueiro, foi o bastante para despertara atenção de Jacinto Fernandes Bandeira, que aqui decidiu fundar a povoação.
Membro da alta burguesia comercial do tempo de Marquês de Pombal, Jacinto Fernandes, fazia parte do grupo de plebeus, rapidamente enriquecido, que subiram ao poder. Por ter entre outras coisas principiado esta povoação, foi-lhe atribuído em 1794, por decreto de 31 de Maio, “mercê de fidalgo cavaleiro da Casa Real”.
Em 13 de Junho de 1796, passa a usar por direito próprio a denominação de Senhor de Porto Covo, em consequência da actividade com que promove o estabelecimento desta aldeia, já que beneficiou a agricultura, a pesca e, ainda, o provimento da Corte.
A 15 de Agosto de 1805, tem finalmente o título de Barão de Porto Covo.
Pensa-se que o Plano que mandou fazer para edificar Porto Covo, é constituído, pelos desenhos, hoje arquivado na Torre do Tombo, denominado – “Mappa da Configuracçaõ do Terreno e Porto Covo que se pretende Habitar, e Cultivar” e “Planta/Da Nova Povoacçaõ, do/Porto Covo”.
Fonte de inspiração de poetas e cantores, Porto Covo desde sempre encantou os seus visitantes logo num primeiro olhar. Em meados do século XVIII Porto Covo não passava de um pequeno lugar implantado na arriba, próximo de uma pequena enseada. Sabe-se que em 1780 o pequeno povoado resumia-se a quatro casas apenas.
Testemunhas desta história, a Ilha do Pessegueiro com os seus fortes comprova o que restava de uma grandioso projecto de um porto marítimo que Filipe II de Espanha e I de Portugal havia concebido para aquele lugar. Este projecto nunca se chegou a concretizar durante o século XVIII a principal actividade registrada em Porto Covo prendia-se com a utilização da calheta local e do ancoradouro do Pessegueiro como portos de pesca e de comércio.
Assim permaneceu discretamente até ao dia em que um membro da alta burguesia comercial pombalina se encantou por aquele pequeno lugar. Jacinto Fernandes Bandeira era oriundo de uma família não muito abastada de Viana do Castelo. Veio cedo para Lisboa enveredando pela actividade comercial na qual granjeou grande sucesso. Jacinto Fernandes Bandeira depressa alcançou notoriedade, enriqueceu e ganhou poder durante o Governo do Marques de Pombal. A sua ascensão levou a que recebesse inúmeros títulos, entre os quais o de Fidalgo Cavaleiro da Casa Real, em 1794, por "haver principiado uma povoação no sitio de Porto Covo, de que pode resultar muita utilidade ao comercio e transportes da província do Alentejo, cuja povoação se obrigou a concluir na conformidade do mapa que apresentou", assim rezava o decreto. Para concretizar a edificação da povoação, Jacinto Fernandes mandou fazer um plano constituído por dois desenhos; o Mapa da Configuração do Terreno e Porto Covo que se pretende habitar e cultivar e ainda uma Planta da Nova Povoação de Porto Covo. Assim começava um novo ciclo na vida do lugar de Porto Covo, associando à ascensão de Jacinto Fernandes Bandeira que, a 13 de Junho de 1796, recebe a denominação de Senhor de Porto Covo "em consideração da actividade com que promove o estabelecimento e povoação de Porto Covo, em benefício da agricultura, da pesca e do provimento da Corte".
Em 1802 Jacinto Fernandes torna-se Alcaide-mor de Vila Nova de Mil Fontes e, algum tempo depois, passa a Conselheiro da Real Fazenda. A 15 de Agosto de 1805 recebe o título de barão de Porto Covo.
A povoação e inspirada no traçado geométrico da baixa pombalina, em Lisboa, como se pode ler na obra Porto Covo - Um exemplo de urbanismo das Luzes, da autoria do historiador António Quaresma. "Nele sobressaem duas praças que lhe conferem esquematicamente certa semelhança com um H: a Praça do Poleirinho, junto ao Porto e a Praça do Mercado. Entre as duas, os equipamentos sociais: o hospital para inválidos e expostos e a igreja. Tudo na nova povoação esta racionalmente e previamente determinado: blocos de habitação, celeiro, armazém de carvão, estalagem, instalação para os armadores de pesca, edifício da Câmara e da cadeia e a casa da Fazenda. Cercando grande parte do conjunto um cortina com a dupla função de fortificar e de impedir que alguém se precipitasse da arriba".

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Jacinto Fernandes Bandeira dedicou a sua vida ao incremento da povoação vindo a falecer a 30 de Maio de 1806. Solteiro, deixou os seus títulos de herança ao seu sobrinho Jacinto Fernandes da Costa Bandeira que vem a receber o título de segundo Barão de Porto Covo. Este, por sua vez, por valiosa contribuição para a política do reino chega ao cargo de ministro da Fazenda e presidente do Banco de Lisboa. É elevado a Visconde de Porto Covo em 1825 e em 1843 passa a Conde deste lugar. Sob a regência deste segundo Barão o crescimento de Porto Covo não é muito significativo tendo, um século depois, cerca de vinte fogos. Porto Covo nunca chegou a desempenhar o papel de porto do Alentejo. Teve no entanto um papel secundário como porto comercial, sendo a pesca a sua actividade mais importante.
O desenvolvimento da povoação só registou um avanço significativo aquando da construção do complexo industrial de Sines. Nessa altura aumentou de cinquenta e cinco fogos e 246 moradores em 1940, para cento e quarenta e quatro fogos em 1980, registando então um total de 539 habitantes.
Inserida no concelho de Sines, Porto Covo tornou-se freguesia em 1984, evoluindo de uma aldeia piscatória para um local de atracão turística, potenciando a beleza da sua paisagem com as suas praias de areia branca e fina aquecidas pelo sol e a hospitalidade das suas gentes. Outro ponto de interesse turístico é a Ilha do Pessegueiro, com a sua praia com condições para a prática de windsurf, passeios de barco e pesca desportiva.
Chamava-se Porto Covo Bandeira a esta pequena localidade, porque pertencia ao Conde Bandeira, proprietário de muitos bens.
Seria Porto Covo um dos seus condados, para além destes bens, sabe-se também que o conde era dono de um banco em Lisboa na Rua Augusta, que se intitulava por Banco Porto Covo e Companhia, e o palacete onde hoje ficam, os Armazéns da Grandela também eram propriedade sua.
Devido à Guerra Civil de Espanha, quase todos os bens do Conde foram confiscados, sendo o Condado de Porto Covo uma das últimas propriedades a ser vendida.
Assim sendo, Porto Covo Bandeira, passou a chamar-se só Porto Covo.
Ainda hoje se encontra no Museu dos Coches, o coche do Conde de Porto Covo Bandeira.
São do Paleolítico inferior, os primeiros vestígio de ocupação do homem, na freguesia de Porto Covo. A costa do Litoral Alentejano, e constituída por arribas altas e continuas, que se intercalam com pequenas angras de areia fina, que originam belíssimas praias. Numa dessas arribas, frente a Ilha do Pessegueiro ergue-se o forte com o mesmo nome da Ilha, que servia para defesa daquela zona da investida de corsários e conquistadores.
Sobre uma dessas arribas, nasceu Porto Covo, que em 1780, contava apenas 4 fogos.
Porto Covo, cuja história se confunde com a história do primeiro Barão, Jacinto Fernandes Bandeira, reflecte no seu Plano de Urbanização da altura, uma certa inspiração no urbanismo pombalino (o largo principal e o traçado rectilíneo das ruas, e uma das maravilhas do urbanismo e da arquitectura popular portuguesa, remontando ao século XVIII).
As possibilidades de utilização da angra (Baia) de Porto Covo e do ancoradouro do Pessegueiro, foi o bastante para despertar a atenção de Jacinto Fernandes Bandeira, que aqui decidiu fundar uma povoação.
Membro da alta burguesia comercial do tempo de Marques de Pombal, Jacinto Fernandes, fazia parte do grupo de plebeus, rapidamente enriquecido, que subiram ao poder. Em 13 de Junho de 1976, passa a usar por direito próprio a denominação de Senhor de porto Covo, em consequência da actividade com que promove o estabelecimento desta aldeia, já que beneficiou a agricultura, a pesca e ainda o provimento da Corte. A 15 de Agosto de 1805, tem finalmente o título de Barão de Porto Covo.
Porto Covo, zona extremamente rica e das mais bem preservadas da Europa, insere-se na Área de Paisagem Protegida do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.
Costa de falésias altas, alternando com praias de areias brancas e finas, de uma beleza agreste e natural, abriga uma fauna e uma flora excepcionalmente ricas, (que coabitam com elementos geológicos e paleontologicos de espectacular interesse).
A protecção destes elementos constitutivos do nosso património natural e ainda de outros elementos, encontram-se salvaguardados nos Planos que regulamentam os modos de ocupação, transformação e uso do solo.

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Ao nível do Planeamento e Ordenamento do Território, pelo "PROTALI" - Plano regional de Ordenamento do Território do Alentejo Litoral; "P.D.M." - Plano Director Municipal; "P.U." - Plano de Urbanização do Porto Covo; "P.P." - Plano de Pormenor Estudo de Desenvolvimento Turístico do Sul do Concelho.
A ocupação humana da área que e hoje Freguesia de Porto Covo, apoiou-se desde logo, nos recursos que o mar e a terra ofereciam. No Inverno os homens trabalhavam na terra, cultivando o trigo, milho, cevada, tremocilha, batata branca, batata-doce, feijão e abóbora.
Nos meses de Verão dedicavam-se a pesca. Abundava neste costa, o sargo, o robalo, polvos, lulas, moreias e lagosta. Havia alturas do ano em que as marés vivas permitiam a apanha de algas, que envolvia grande parte da população.
Actualmente estas actividades coexistem com outras que se lhe sobrepõem.
A tradicional apanha das algas desapareceu totalmente. O Cultivo da terra e feito por uma pequena parte da população, a actividade piscatória deixou de ter a preponderância de antigamente, surgindo para muitos como actividade complementar.
O turismo e agora a actividade principal, que deu origem ao incremento de uma série de actividades paralelas.

Junta de Freguesia de Porto Covo
Porto Côvo e uma pequena e pobre terra de pescadores, ao sul de Sines. O largo, que destacamos, antecede o lugar e é-lhe posterior em data de construção.Não obtivemos dados que permitam verificar as razoes do aparecimento deste curioso largo; indicações de alguns pescadores levam a crer que foi construído por um particular.Quando se entra aqui, pela primeira vez, respira-se uma sensação inesperada de agrado: ha de facto uma composição geral invulgar, que todavia não nos parece de feição marcadamente popular. A regularidade geométrica, a valorização relativa dos volumes - pequenos torreões nos ângulos - a posição da Capela, etc... sugerem influencias urbanas.Mas e notória, depois de uma melhor observação do conjunto e das habitações, uma pobreza que não se pretende esconder. A conservação e caiação das fachadas não se faz. As casas construídas em taipa e a cobertura e de telha; os pavimentos são térreos, a maior parte das portas e janelas tem apenas portadas de madeira sem vidro. Alguns habitantes tem necessidade de alugar as suas casa durante a época de Verão.

Visto de frente

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Visto de cima

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A Ilha do Pessegueiro sempre foi um dos mais importantes portos naturais da nossa costa. Por isso no local onde se ergueu, no século XVIII esta Fortaleza, sempre existiu outra, desde os primeiros povos que por aqui passaram.Durante séculos foi refugio de piratas. A necessidade de defesa da ilha dos piratas terá contribuído para que em, 1603, Filipe III encarregue o Alexandre Massai do projecto da construção de um forte na "Ilha do Pixiguero". É possível que este forte não tivesse resistido às investidas de piratas ou de um ataque espanhol nas guerras de Restauração.

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Em finais do século XVII, D. Pedro II ordenou a construção de um novo forte. Para evitar um novo ataque a partir do continente é construído o forte da "Ilha de Dentro", hoje abandonado. Neste forte ainda é possível ver o seu fosso e as bem aparelhadas muralhas quase intactas. Evidencia todo o forte a preocupação do melhor aproveitamento para plataformas de tiro e da mobilidade que permitisse fazer fogo com rapidez para qualquer angulo.Em está a guarita, cujos vestígios são visíveis no fosso ao lado poente.A fortaleza existente na ilha teria como função o apoio ao Forte de Terra na defesa da costa.O Forte do Pessegueiro teve guarnição até ao ano de 1844.

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A Ilha do Pessegueiro, com 355 metros de comprimento e 235 metros de largura, localiza-se a 250 metros da linha de costa, a 15 km para sul de Sines e a 12 km para norte de Vila Nova de Milfontes. Leite de Vasconcelos assemelhou-a à Ilha de Poetanion referida na “Ora Marítima” de Aveiro.
A importância da Ilha do Pessegueiro relaciona-se com o facto do Litoral ocidental da costa portuguesa oferecer poucos abrigos à navegação, para o que contribui também o regime desfavorável de ventos, daí a sua valorização neste contexto geográfico, propiciando o desenvolvimento do comercio realizado por mar. saliente-se nomeadamente a sua proximidade e acessibilidade à região mineira do Cercal.
Os romanos desde cedo se aperceberam destas vantagens, note-se que eram inúmeros os naufrágios no Cabo Sardão. Evidencie-se, ainda, a dificuldade que os barcos encontravam pela frente ao pretenderem entrar na barra de Vila Nova de Milfontes. Por isso, o comercio de minério se fazia pela Ilha do Pessegueiro.
A existência de um canal entre a Ilha do Pessegueiro e a costa, representou um dos melhores fundeadouros do Litoral Alentejo. Proporcionou no reinado de Filipe I, a elaboração do projecto do Porto Artificial da Ilha do Pessegueiro, que nunca conheceu conclusão e de que ficariam as fortalezas construídas: uma na costa e outra na Ilha. A primeira, com reduzida guarnição, dava o seu contributo para a vigilância e defesa da costa, a segunda cuja construção se iniciou em 1588, a mandado do Cardeal D. Alberto Arquiduque da Áustria, é da autoria do Engenheiro Filipe Terssi ou Terzi; e, encontra-se actualmente em mau estado.

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Lenda da Cabeça da Cabra

Conta a lenda, que vivia um camponês nestas paragens, que tinha a seu cargo a guarda de um rebanho de cabras, entre as quais, havia um bode preto. Levava esse camponês uma vida simples e pobre. Muitas noites deitado na sua cama de palha sonhava ele que se fosse a Santarém lá encontraria o seu bem. Tantas vezes sonhou isto o pobre pastor, que um dia resolveu pôr-se a caminho de Santarém. Ali chegado começou a vaguear pelas ruas da cidade com o seu saquitelo às costas. Um sapateiro que trabalhava à porta da sua casa, vendo passar o camponês meteu fala com ele: - Que faz por aqui, camarada? - Donde é? - Ora deixe-me cá, sou lá das bandas do mar do Alentejo e ando à procura do meu bem. - Do seu bem? - Aqui pelas ruas da cidade? - Pois, é que eu sonhei que se viesse a Santarém encontraria o meu bem. Pobre de mim, tenho andado andando e ainda não encontrei nada. - Oh! Homem... Você acredita em sonhos? Pois olhe que eu também tenho sonhado, que num curral de cabras de uma herdade Alentejana existe uma pedra onde todas as noites se deita um bode preto e que debaixo dessa pedra existe uma riqueza enorme... O camponês que de tolo não tinha nada logo ali percebeu, que se tratava do seu bode e do seu curral. Não disse nada ao sapateiro mas logo se pôs a caminho de volta à sua terra. Lá estava a pedra e o seu bem, pois debaixo dela havia uma grande riqueza em ouro. Em memória do feliz acontecimento logo deu àquele lugar o nome de "O Cabeço das Cabras", visto ficar no cimo dum outeiro. Mais tarde ao construir um monte Alentejano passou a chamar-lhe Cabeça da Cabra!
Trabalho realizado pelos alunos da Escola da Cabeça da Cabra

Lenda da Gralha

Do tempo em que o Forte da Ilha do Pessegueiro, era ocupado pelos Mouros se conta esta lenda. Um capitão mouro vivia no referido forte com um grupo de soldados, sua mulher e filhos. Tinha a seu cargo a defesa da fortaleza e o treino dos seus soldados. Sonhava, ele, fazer do seu filho (criança de 8 anos), um grande guerreiro, corajoso e forte, destemido e sanguinário, Porém o menino detestava as armas e fugia aos treinos a que o pai o submetia. Gostava muito de brincar e tinha um coração bondoso, tanto para com a gente como para todos os animais. Afeiçoou-se de tal maneira a uma gralha, que era ela o seu passatempo favorito. Onde estava o menino lá estava o pássaro, o pai enfurecido do seu desinteresse pelas artes da guerra, ameaçou-o de matar a gralha se ele não deixasse de brincar com ela. Então, uma noite quando todos dormiam o menino pegando na sua companheira gralha resolveu fugir para que seu pai não matasse a sua amiguinha. Muitos dias se passaram. Todas as buscas tinham resultados vãos pois não encontravam o pobre menino. Chorava a mãe, arrependia-se o pai; mas tarde de mais. Quando voltaram a ver o seu filho, já ele estava morto junto a uma fonte num vale, com a sua amiga gralha pousada no seu corpo, morta também. Desde ai, ficaram a chamar àquele lugar a "Fonte da Gralha".
Nota: Esta fonte encontra-se debaixo da água da nova barragem, construída na herdade da Cabeça da Cabra, e muita gente aqui residente se lembra perfeitamente dela.
Trabalho realizado pelos alunos da Escola da Cabeça da Cabra

Lenda da Fonte Mouro

Fonte Mouro é um pequeno lugar que fica entre a Cabeça da Cabra e a Ilha do Pessegueiro. Todos os meninos e meninas ali residentes vêm à escola da Cabeça da Cabra, por isso é justo que contemos também alguma coisa sobre aquele lugarejo. Conta-se que o nome «Fonte Mouro», resultou da seguinte lenda: - Vivia um casal de Mouros nesta região, onde eram abastados lavradores. Tinham eles uma formosa filha, que pela sua beleza e bondade, despertou a paixão dum grande feiticeiro, que se julgou no direito de pedir a mão da jovem em casamento. - Tanto a jovem como seus pais recusaram tal pedido. O feiticeiro vendo-se recusado enfeitiçou a pobre menina que num dia para o outro viu o seu destino mudado. Ficou transformada numa pedra que servia de porta a uma Fonte que ficava no fundo Vale. Todas as noites, à meia-noite a pedra tomava a forma da jovem que penteava os seus cabelos louros enquanto cantava uma melodia tão bela que deixava pasmados todos que a ouviam. Ninguém se atrevia a passar perto daquele lugar enquanto fosse noite. A pobre menina aí ficava outra vez transformada em pedra até que surgisse um jovem cristão que quebrasse o feitiço. Um dia ele apareceu!... Lindo e bom passou por ali um jovem. O vigoroso Anselmo, assim se chamava o jovem, ao saber de tão estranho feitiço, logo se propôs quebrá-lo. Esperando a meia-noite, perto da Fonte, logo que a bela jovem saiu do seu feitiço para cantar a sua melodia, saiu do seu esconderijo e dando a mão à encantadora menina a afastou da fonte e ali ficou quebrado o feitiço.
O Povo começou a chamar àquela fonte «A Fonte da Moura». Com o rodar dos tempos começaram a chamar àquela região, «Fonte Mouro», nome porque ainda é conhecido.

Trabalho realizado pelos alunos da Escola da Cabeça da Cabra
Como chegar...

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Texto retirado da página oficial de Porto Côvo,http://www.freguesiadeportocovo.com/


1 Response
  1. Uauuuuu, wque aula de história, adorei.Fiquei por aqui um tempo enorme, saboreando cada palavra.
    Vá por lá, tenho novidades.
    beijossssssssssssssssss